terça-feira, 20 de abril de 2010

Juventude...



Jonh Lenon?!! Britney Spears?!!
Evangelização
20-04-2010


Olhando para um passado, não muito distante, encontramos uma das figuras mais conhecidas das últimas décadas, o líder beatle Jonh Lenon.

Olhando para o presente, reconhecemos outra personalidade, talvez no mesmo patamar de notoriedade do beatle, a “mulher mais sexy do mundo”, Britney Spears.

Jonh Lenon, em sua época, foi um dos ícones do rock in roll e da revolução sexual, num tempo em que o movimento hippie se declarou ao mundo, buscando “paz e amor”, não de forma plena, mas em pequenos fragmentos: libertinagem, drogas, sexo sem compromisso com o outro, a prática do prazer pelo prazer. Enfim, quem não conhece a tão polêmica música “Imagine”? Jonh Lenon foi um ídolo cultuado em sua época, e ainda hoje na memória de muitos.

Britney Spears... Votada através da Internet, foi eleita “A Mulher Mais Sexy do Mundo”.

Você lá sabe o que é isso? Se não sabe, saiba que é muita... muita coisa! Em um mundo que preza a beleza física acima de tudo, você pode ter certeza que ela atingiu o topo.

A partir daí começamos a ver algumas relações entre o beatle e a cantora.

Os dois são ídolos de tempos diferentes, sustentados sobre valores diferentes, um na liberação do prazer e da rebeldia, outro no culto ao corpo, na fantasia.

Jonh Lenon deixou seu legado até os dias de hoje. Os Beatles foram um dos maiores fenômenos da mídia de todos os tempos. Pessoas ficavam ensandecidas diante deles. Todos vimos imagens de garotas que aparavam, com a boca, a saliva beatle da sacada dos hotéis. E um exemplo a ser seguido, dado por eles, em retribuição aos fãs, era o uso de drogas. Quantas pessoas não seguiram, da mesma maneira, as idéias de liberação sexual pregadas pelo ídolo Jonh?!

Britney Spears (não sei se ela sabe) tornou-se um símbolo da cultura em que vivemos: prazer, beleza e aceitação, através da fama, acima de tudo. Seu casamento relâmpago, a supervalorização do seu corpo e o seu beijo em Madonna, são exemplos concretos, dados por ela, para a nossa juventude, já que ela está sujeita a tomar, impelida pela mídia, Britney Spears como espelho.

Apurando um pouco o olhar, podemos facilmente ver que os dois são expoentes máximos de épocas distintas.

O jovem sempre procurou, em todas as épocas, um espelho. Porém, poucas vezes se deu conta de que o espelho só pode refletir o que está diante dele, ou seja, se você está diante de um espelho, a imagem que você quer ver, claro, é a sua. Mas, se você usar Britneys ou Lenons como espelho, a imagem que você vai conseguir será Britneys ou Lenons, nunca será a sua.

Devo afirmar que não tenho nada contra a pessoa dos dois, ambos descobriram dentro de si força, perseverança, determinação e talento que os fizeram sobreviver a tantos momentos de dificuldade durante a vida. Mas seus valores não devem servir de espelho para a juventude.

O mundo de hoje está repleto de ídolos fabricados, que tentam suprir os nossos sonhos, transferindo os nossos desejos para coisas que, na verdade, se mostram, com o tempo, ineficazes, que não satisfazem, que apenas iludem os nossos anseios. Recebemos pequenas doses de satisfação, que nos fazem esquecer das inquietações reais que habitam dentro de nós.

O único espelho que refletirá você mesmo será Cristo.

Esse Espelho não irá mostrar características de outros, mas apenas as suas. Só Ele conhece você, a ponto de poder mostrá-lo para si mesmo, fazendo com que você não apenas se veja, mas saiba do que você é feito e do que é capaz. Isso fará com que você possa buscar seus próprios ideais e sonhos, não os da Britney Spears ou os de Jonh Lenon, mas os seus, que depositados em Deus serão, sempre, mais altos e mais profundos.

Por isso, é preciso que o jovem de hoje passe a viver a realidade e não desperdice seu tempo, sua juventude, sua vida e grandeza passeando por um mundo enorme de espelhos, que ora aparecem, ora desaparecem, e nunca refletem a realidade, o sentido do existir, o motivo pelo qual somos e fazemos. Um olhar ao redor, de dentro para fora, fará mudar a nossa vida.

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por Kalil Werner
Revista Shalom Maná - Ed. Shalom

quinta-feira, 15 de abril de 2010


O Esposo de nossas Almas
Espiritualidade
15-04-2010


Acabo de rezar pela milionésima vez seu poema “Formosura”. É inevitável lembrar-me do que dizia Pe. Caetano, lá pela década de 70: a graça especial do Novo Pentecostes na Igreja abriu para o leigo comum as portas da oração mística. Na época em que ele pregou sobre isso, lembro-me que fiquei apavorada, por que, para mim, oração mística significava estigmas, sofrimento, doença, humilhação e muito sangue derramado. Depois, aos poucos, fui aprendendo que tratava-se do que hoje chamamos “oração profunda” e, em honra a você, “oração aos moldes de Teresa”. Hoje, mais de vinte e cinco depois da palestra, a gente vai vendo que você, Teresa, tinha razão: pela vida de oração, pela oração profunda, pela oração que é vida, que é conversa contínua de amizade com Deus, a gente vê que Ele, de fato, é a

... formosura que excede toda formosura. A gente vê que não há ninguém no mundo que seja tão “formoso” quanto Deus. Sabe, Teresa, esta palavra hoje está meio esvaziada de sentido, mas, rezando, a gente percebe o que você quis dizer: não há ninguém tão belo, tão verdadeiro, tão pronto para perdoar, tão acolhedor, tão livre, tão feliz, tão aberto, tão sem preconceitos, tão alegre, tão misericordioso, tão, tão ... formoso, quanto Deus. Ele, de fato,

... sem ferir, “faz” dor em toda criatura. Olha, Tê (posso chamá-la assim, não é?), o conceito de “dor” também está meio deturpado e grandemente fora de moda. O homem de hoje foge léguas de toda dor, seja física, psicológica, espiritual... Mas, quando a gente reza, como você recomenda tantas vezes, a gente entende que esta “dor espiritual” é a dor de desejar a Deus sempre mais, de desejar corresponder ao Seu amor, de contemplar sua “formosura” e desejar unir-se a Ele, de contemplar seu ser amor e desejar ser amor com Ele e, por outro lado, não ter como possuí-lo, pois Ele sempre está além, de não ter como unir-se a Ele até quando Ele queira, de desejar ver-nos livres de nossa fraqueza, mas esperar que Ele nos liberte e “sofrer” que Ele nos dê a vitória na luta constante contra nós mesmos para sermos, como Ele, sempre “sim”. Não é de espantar que Ele, a Formosura, “faça dor” em nós, criaturas, que, com “dor-prazer” O desejamos sempre mais desejar e possuir. Para ajudar, como você disse, Ele

... desfaz sem dor o amor das criaturas. Não precisa se preocupar. A gente entende que você está falando em amar qualquer pessoa, coisa, animal, plano, opinião, e, em especial a nós mesmos acima de Deus. A gente sabe o quanto você tinha amigos fiéis e bons e o quanto os amava, mas, como eram bons amigos, levavam-na a amar a Deus acima deles. É bonito ver como você amou a Deus acima de tudo e de todos, acima do que pensavam, do que queriam que você fizesse, do que opinavam sobre seus mosteiros, suas fundações. Você, Teresa, de fato, compreendeu sua missão e amou a Deus acima de tudo e de todos, acima de você mesma, acima dos muitos amigos que você tinha. Seu amor às criaturas era relativo. O absoluto era o amor a Deus. Com certeza, era por causa do

... laço que assim junta duas coisas desiguais. Claro! Com certeza foi a ação do Espírito Santo. É nítido, na sua história, como você se abriu à ação Dele sem reservas e, assim, levando você a amar a Deus acima de tudo e de todos, inclusive e especialmente você mesma, Ele juntou duas coisas desiguais como você e Deus. Sabe, Tê, como você mesmo ensina, isso só é possível pela oração, pela vida de oração. Acho que, daí do céu, você consegue ver muito bem como é difícil a gente rezar, recolher-se, refletir, meditar, hoje em dia. Precisa rezar muito por nós, Tê. Porque, veja bem: sem uma oração que seja amizade sincera com Deus, o Espírito Santo, o Laço, não tem como juntar duas coisas tão desiguais como Deus e nós. Acaba o espírito do mundo, do amor às coisas, ao dinheiro, ao trabalho, a nós mesmos, atraindo e laçando (no mau sentido) a gente, prendendo a gente a si mesmo e, assim, fazendo com que a gente fique cada vez mais longe de Deus. Sem rezar, Tê, não dá, você sabe. E, como você mesma ensina, não há nada que Deus queira mais do que nos ter junto a Ele, e o caminho é a oração. Sei bem que é por isso que você pede que o Espírito Santo que

...não desate o que ata. Por favor, querida Teresa, continua, aí no céu, a fazer esta oração. Pede muito ao Espírito que não desate o que atou com o Novo Pentecostes, com o nosso Batismo no Espírito, com a nossa primeira experiência com Deus, com os nossos compromissos e votos. Precisamos muito, muito mesmo, da sua oração. Não é fácil “manter acesa a chama” no mundo de hoje, diante de tantos apelos e desafios, diante de tantas investidas do inimigo. E, olha, como você sabe, sem oração, não há como manter acesa nenhuma chama de amor a Deus, nem mesmo uma pequenininha. É ilusão, como você mesmo ensina, achar que podemos passar “só um diazinho” sem rezar, sem fazer nossa Lectio Divina, pura ilusão. Para retomar a vida de oração, como você mesma testemunha, é uma batalha intensa. Deixar é fácil, mas voltar, eh, eh! Dá para entender porque você pede ao Espírito que não desate o que ata, é que

... atando, Ele dá força a ter por bem todos os males. Porque, sabe, Teresa, só com a força do Espírito e a chama viva do amor acesa pela oração constante é que a gente vai conseguir ver como vale a pena lutar por Deus, lutar pela radicalidade do Evangelho, lutar pela paz, sofrer perdas por causa de Jesus e da vontade do Pai. Assim, com a ajuda do Espírito que nos ilumina pela oração, a gente vai ver que não é um mal perder o conforto, a vida-boa, o prestígio, a juventude, a beleza, até a saúde por amor a Deus e ao seu Reino. Isso que as pessoas –e, quando está sem rezar, até a gente mesmo- chama de “males” se tornam, claramente, grande bem quando, pela oração, passamos a ver as coisas com os olhos de Deus. Por isso, pede para nós, Tê, o que você pediu para você mesma:

... junta aquela que não é à plenitude acabada. Pede a Deus que a gente viva unido, mas cada vez mais unido, mesmo, a Ele, sendo um com Ele na perfeição do amor, que só vive pela oração. Pela tua intercessão, ensina a gente que este nosso Esposo,

... sem acabar, acaba. Sem ter que amar, ama. Isto é, faz a gente entender que este nosso Amado vai burilando, moldando, esculpindo, acabando em nós sua obra de amor, bem aos pouquinhos, do jeito que a gente agüenta. Ele, que não tem nenhuma obrigação de amar a gente, mesmo assim, ama, pois que Ele só sabe amar e amar com amor gratuito, que é o único amor. Assim, como você bem disse, Ele

... engrandece nosso nada. Isso, Teresa! Você tem razão! Esta Formosura que excede toda formosura vai-nos atraindo, atraindo, atraindo, conquistando, amando, ligando, juntando, desejando, com muita eficácia, nos levar à plenitude do amor, à união consigo. Assim, Ele, que é o Tudo, nos eleva, engrandece nosso nada, fazendo-nos genuinamente felizes, acabando em nós sua obra de amor. Mas tudo isso, querida Teresa, você sabe, é fruto da oração, fruto daquele diálogo de amigo que nos torna semelhantes a quem amamos pela força do Amor desse nosso Amado. Teresa, ensina-nos, por favor, a rezar.



POR: Emmir Nogueira (comunidade shalom)

segunda-feira, 12 de abril de 2010



Misericórdia de Deus é mais forte que qualquer mal
11-04-2010


A verdadeira religião consiste em entrar em sintonia com Deus rico em misericórdia, como nos recorda o Evangelho deste domingo. Somos convidados a amar a todos, mesmo os mais distantes e inimigos, imitando assim o Pai celeste, que respeita a liberdade de cada um e todos atrai a si com a força invencível da sua fidelidade.

No discurso do meio-dia, antes da recitação do Angelus dominical, em Castelgandolfo, Bento XVI evocou o Evangelho do capítulo 15 de São Lucas, proclamado neste dia, "no mundo inteiro, onde quer que a comunidade cristã se reúna para celebrar a Eucaristia dominical".

O evangelista – referindo as parábolas da ovelha extraviada e da dracma perdida, e ainda a do pai misericordioso (normalmente identificada como "do filho pródigo") faz ressoar ali a Boa Notícia de verdade e salvação: Deus é amor misericordioso.

"Nesta página evangélica, parece quase sentir a voz de Jesus, que nos revela o rosto do seu e nosso Pai. No fundo, foi para isto que Ele veio ao mundo: para falar-nos do Pai; para O dar a conhecer a nós, filhos extraviados, e para fazer surgir nos nossos corações a alegria de lhe pertencer, a esperança de ser perdoados e restituídos à nossa plena dignidade, o desejo de habitar para sempre na sua casa, que é também a nossa casa".

As três parábolas da misericórdia, contou-as Jesus porque os fariseus e os escribas dizem mal dele, ao ver que ele se deixava abordar por pecadores, indo mesmo ao ponto de comer com eles. E então Jesus explicou-lhes que Deus não quer que se perca nem sequer um dos seus filhos e que o seu espírito exulta de alegria quando um pecador se converte.

"A verdadeira religião consiste pois em entrar em sintonia com este Coração rico de misericórdia, que nos pede que amemos todos, mesmo os que estão longe e os inimigos, imitando o Pai celeste que respeita a liberdade de cada um e atrai a si todos com a força invencível da sua fidelidade. É este o caminho que Jesus aponta aos que desejam ser seus discípulos".

"No nosso tempo, a humanidade tem necessidade que se proclame e testemunhe com vigor a misericórdia de Deus".

Bem "o intuiu, de modo profético", João Paulo II, "que foi um grande apóstolo da Misericórdia divina": "Ao Pai misericordioso dedicou ele a sua segunda Encíclica, e ao longo de todo o seu pontificado fez-se junto de todas as gentes missionário do amor de Deus. E depois dos trágicos acontecimentos do 11 de Setembro de 2001, que obscureceram a chegada do terceiro milênio, ele convidou os cristãos e os homens de boa vontade a acreditar que a Misericórdia de Deus é mais forte do que todo o mal, e que só na Cruz de Cristo se encontra a salvação do mundo".

Depois da recitação das Ave-Marias, Bento XVI recordou ainda as três beatificações que tiveram lugar nestes dias. Na manhã deste domingo, na Polônia, no santuário de Lichen, presidida pelo cardeal Tarcísio Bertone, Secretário de Estado, a do Padre Estanislau Papczynski, fundador da congregação dos Clérigos Marianos, "sacerdote (disse o Papa) exemplar na pregação, na formação dos leigos e apóstolo da oração de sufrágio pelos defuntos".

Também neste domingo de manhã, em Bordéus – recordou ainda Bento XVI – o cardeal José Saraiva Martins, Prefeito da Congregação para as Causas dos Santos, proclamou bem-aventurada a Irmã Maria Celina da Apresentação de Nossa Senhora, monja professa da Segunda Ordem de São Francisco. "A sua vida, marcada pela cruz, quis ser um sinal de amor a Cristo, como ela própria dizia Tenho sede de ser uma rosa de caridade".

Finalmente, o Papa referiu o Padre Basílio Antônio Maria Moreau, fundador da Congregação da Santa Cruz, beatificado nesta sábado em Le Mans, pelo cardeal Saraiva Martins. À intercessão destes novos beatos, Bento XVI confiou de modo especial os respectivos filhos espirituais, para "que sigam com ardor o luminoso testemunho destes profetas de Deus, Senhor de cada vida".

O Papa evocou também a ocorrência, neste domingo 16 de Setembro, do vigésimo aniversário da adoção do "Protocolo de Montreal", sobre as substâncias que empobrecem a camada de ozônio, provocando graves danos ao ser humano e ao eco-sistema.

O Santo Padre fez votos de que "se intensifique a cooperação de todos para promover o bem comum, o desenvolvimento e a salvaguarda da natureza criada, reforçando a aliança entre o homem e o ambiente, que deve ser espelho do amor criador de Deus, do qual provimos e em direção ao qual estamos a caminho".






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por
Radio Vaticano

sexta-feira, 9 de abril de 2010

MENSAGENS DE INTERIORIZAÇÃO


“Em tempos de tristeza e de inquietação, não abandones nem as boas obras de oração, nem a penitência a que estás habituada. Antes, intensifica-as. E verás com que prontidão o Senhor te sustentará”

Testemunho!!!!


Jovem Ele transforma em estrelas os seus pontos negros...
Vida Cristã
09-04-2010

Gostaria de dirigir estas linhas a todos os jovens, garotas e rapazes. Uma garota talvez possa compreender-me melhor a partir do interior, se infelizmente lhe aconteceu uma experiência como a minha. Que estas palavras sejam para você uma mensagem de esperança.

Aos rapazes, suplico que me leiam desinteressadamente, sem segundas intenções, pois é sobretudo a vocês que me dirijo. Principalmente para tentar fazê-los compreender o drama que vive uma garota quando é violada. Para fazê-los compreender os estragos psicológicos e mesmo físicos que tal ato provoca ou pode provocar. Enfim, suplico-Ihes que escutem o seu próprio coração e não o seu corpo. Vocês não são animais, vocês são seres humanos feitos de carne e coração, de sentimentos e... de amor.

Partilhando com vocês essa passagem da minha vida gostaria, antes de tudo, de dar graças a Nosso Senhor, que me salvou e me permitiu renascer, pelo seu Amor que ultrapassa todo amor. Gostaria também de gritar: “Respeitem o outro no seu corpo, na sua intimidade. Respeitem a si mesmos também”.

Tenho vinte e oito anos. Tinha treze quando me aconteceu o que vou lhes contar. Quinze anos se passaram e eu nada esqueci. Todo o “filme” desse fato que dilacerou a minha vida está gravado em mim para sempre. Óbvio, pois foi escrito não sobre a “rocha”, mas sobre “argila em formação”, numa página branca, virgem. Mas agora, através do amor de Jesus, tudo se transformou.

Aos treze anos eu ainda era uma “menininha”. Feliz da vida, sem problemas, querendo amar o mundo inteiro, mas querendo amar a Deus mais que tudo, com toda a força do meu pequeno coração. Utopia? Não, não creio. É a ingenuidade das “crianças”. Possível, então? Sim, ainda hoje eu penso, apesar da dureza deste mundo, graças à força de Deus.

Freqüentemente eu dizia a mim mesma: “Eu quero permanecer pura até o casamento, se devo casar-me. Entretanto, eu sentia no coração um chamado para amar só a Deus durante toda a minha vida. Parecia-me que só Deus poderia saciar toda a sede de amor que havia em mim. E eis que, de repente, numa esquina, sou, gratuitamente e sem razão, vítima de toda a violência de um ser humano. Era uma sexta-feira, uma hora de torturas sexuais, de gestos, um lugar, gravados para sempre. Palavras como: “Eu quero matá-la”, que ferem atrozmente. Eu estava encurralada entre algumas tábuas e o muro de um cemitério. Ninguém para socorrer-me. Como eu gostaria de ir ao encontro daqueles mortos do outro lado do muro... O que pode fazer uma menina de treze anos para se defender da maldade de um homem de vinte ou vinte e cinco anos? Nada. Eu desejava o nada. Aquele Jesus que havia feito um apelo ao meu coração ficara surdo de repente? Por que tudo aquilo? Por que tanta violência? Quantas perguntas fiz a mim mesma... Durante onze anos! Onze anos, como é longo! Creia-me. Principalmente quando você carrega esse peso sozinha...

Quando cheguei em casa (meus pais estavam ausentes por alguns dias), eu só tinha uma idéia na cabeça: a morte. Tentei o suicídio... Acordei após ter dormido por dois dias. Mas a idéia do suicídio não me deixava e não me deixaria tão cedo. Eu não era a mesma pessoa. Havia um “antes” e havia um “depois”. Esse “depois”, eu o detestava de antemão. Eu me detestava. Eu me tornara um lixo. Um corpo e um coração sem gosto pela vida. Um coração? Não sei se eu ainda possuía um. Todo amor que ele até aí guardara transformou-se em ódio contra o ser humano, principalmente contra o sexo masculino.

Algo de profundo, de muito íntimo estava morto em mim. Aquilo que me permitia ser eu mesma no que eu tinha de único. Aquilo que Deus havia posto em mim desde o princípio e que não existia mais, pois fora quebrado, violado. Esse “aquilo”, tenho vontade de chamar pureza. Sem essa pureza íntima eu estava suja, podre. Eu não era mais um ser humano.

Então, por que continuar a viver se eu não era mais nada? Apenas a morte poderia libertar-me. Era o que eu pensava. Essa idéia me perseguia com tenacidade. Os dias corriam sem me trazer nada de novo. Jesus, a fé, tudo em que até então eu crera de repente evaporou. Não havia mais amor em mim. Por ninguém. Nem por mim. A segunda tentativa de suicídio também fracassou. Então, forjei uma barricada em torno de mim. Essa barricada, eu a queria o mais resistente possível para que ninguém, nunca, encontrasse nela uma brecha. Meus pais não entenderam a mudança. Meu caráter foi se tornando cada vez mais duro. Eu me sentia mal, muito mal por estar assim, mas era quase contra a minha vontade. Eu era vítima e me sentia culpada. Quantas vezes, durante o sono, revivi a cena do estupro. Era indelével. Gostaria de ter matado aquele moço. Que desejos de vingança havia no meu coração... Eu não dirigia essa vingança contra os outros, mas contra mim mesma...

Não era mais necessário que me falassem de Deus; eu projetava nele toda a minha tristeza, todo o meu desgosto. Era quase culpa dele o que me acontecera, pois ele não tinha ido me libertar. Agora, eu compreendo como durante todo esse tempo ele sofria comigo, pois Deus é amor. Ele nos mostra isso todos os dias, mostrou-o na minha própria vida.

Os anos passaram. Pouco a pouco eu recomecei a rezar. Sem perceber, creio, pois eu me sentia terrivelmente só. Eu procurava alguém a quem falar. Hoje posso dizer que nunca, nem por um segundo, o Senhor largou a minha mão. Fui eu que larguei a dele. O Senhor podia restituir-me a pureza que eu perdera sem querer. Apenas ele podia me recriar.

No final desses onze anos de desgosto, de tristeza, encontrei um padre com quem pude me abrir. Através do sacramento da reconciliação, através de seu coração, pude dar para Jesus todo o ódio acumulado, e pouco a pouco, com a ajuda do Senhor, recuperei a paz. Jesus tinha encontrado uma brecha na barricada que eu havia levantado com a força dos meus braços. Suavemente, mas com firmeza, ele fez seu trabalho de salvador. Ele não parava de chamar-me pelo meu nome. Para ele eu era como sempre uma criança. Eu era como antes. Em alguns meses a barricada desmoronou. O Senhor só desejava uma coisa: poder morar no meu coração para me dar incessantemente o seu amor. Ele repetia sem cessar: “Você é única aos meus olhos e eu a amo” (Is 43,4).

Eu precisava deixar-me amar. Mas isso era muito duro para mim. Eu precisava tornar-me criança outra vez. Santa Teresa do Menino Jesus ajudou-me muito: “Quanto mais você for pobre, mais Jesus a amará. Se você se afastar ele irá longe, bem longe, buscá-la...”.

Compreendi também que no madeiro da cruz Jesus havia assumido todos os meus sofrimentos. Esse sofrimento oferecido permitiu que, por minha vez, pouco a pouco, eu lhe oferecesse o meu. Isso não aconteceu num só dia. Foram necessárias horas e horas de doçura, de delicadeza, de paciência por parte do Senhor para reabilitar-me comigo mesma.

Eu readquiria a alegria de viver. Um dia, ao assumir o meu serviço no hospital, tive uma enorme surpresa. Diante de mim, num leito de doente... ele! Aquele rapaz que tanto me fizera sofrer, que desejara matar-me, contra quem secretamente eu alimentara um ódio incrível, estava lá, naquele leito de hospital, sofrendo, pobre e enfraquecido.

Durante onze anos, mesmo sem revê-lo, seu rosto ficara gravado em mim e agora ele surgia novamente na minha vida. Passado o choque da surpresa eu compreendi que, teoricamente, deveria cuidar dele. Na prática, aquilo parecia estar acima das minhas forças. Ele estava lá, nas minhas mãos, à minha disposição, esperando – como doente – que eu o aliviasse.

Então, todo o ódio que eu sentia por ele e que começava a atenuar-se, tornou-se mais forte, mais lancinante, mais presente. Eu podia vingar-me: eu podia matá-lo. E não se tratava de palavras vãs. Eu poderia muito bem injetar-Ihe algo em dose mortal. Pensei nisso. Desde o início. Pensava nisso à noite, em casa, sabendo que no dia seguinte o reencontraria. Eu pensava que, matando-o, me sentiria livre para sempre.

Entretanto, eu não conseguia me decidir a fazer o gesto mortal. Pude conversar longamente com o padre que eu conhecia. Ele me ajudou muito. Eu não podia esquecer o amor que Jesus me testemunhara naqueles últimos dias. Seu Amor tornara-se cada vez mais forte em mim. Sim, eu queria amar Jesus. Eu queria conservar esse Amigo que eu começava a conhecer e que é o mais belo de todos os amigos. Sim, eu desejava a paz no meu coração. Eu estava suficientemente consciente de que matando-o ou causando-Ihe mal eu entraria no círculo de violência. Círculo vicioso. Eu me enganava pensando que com a vingança obteria a liberdade que desejava. Só Jesus é capaz de tornar-nos inteiramente livres. Ele nos torna livres porque nos ama e permite que amemos. A vingança atrai o mal, o amor atrai o bem.

Eu queria morar no seu coração. Como consegui-lo? “Observando fielmente seus mandamentos” (Jo 14,15).

Eu sentia que Jesus me pedia para perdoar. Mas isso parecia estar além das minhas forças. Houve uma luta em mim em relação a esse perdão. Eu iria dá-lo ou recusá-lo? Eu pensava que perdoá-lo não mudaria nada para mim, não apagaria o que eu tinha vivido. Então, para quê? Mas, se eu o recusasse, estaria uma vez mais fechando a porta do meu coração ao amor de Jesus. Ele não nos pediu para perdoar os nossos inimigos? Por outro lado, recusando-me a dar esse perdão, eu sabia que estaria “mantendo” no pecado, longe de Deus, esse moço que me agredira. Mas eu continuava evitando... Então, levei tudo isso para a oração, pedindo uma só coisa: que eu fosse verdadeira ao conceder esse perdão. Que ele fosse realmente o desejo do meu coração e a vontade do Senhor. Eu também me confiei à Mãe do Céu, pedindo-Ihe para tornar o meu coração dócil ao espírito de Jesus.

Um belo dia, pude colher esse perdão como uma flor que acaba de desabrochar, e oferecê-lo a Jesus no sacramento da reconciliação. Uma paz imensa invadiu-me. É verdade que não foi um passe de mágica que me fez esquecer tudo que eu vivera; mas, oferecendo esse perdão, tudo foi transformado. Eu quero assegurar-lhe que foi o Senhor, por sua graça, que me permitiu dar-Ihe o perdão. Sem ele meu coração nunca teria consentido em perdoar. Eu sou tão pobre...

Eis as maravilhas do amor do Senhor. Você não acha que ele ultrapassa tudo o que podemos imaginar? Você não acha que ele está sempre ao nosso alcance? Que vale a pena percorrer com ele um trecho do caminho para conhecê-lo melhor?

Eis o mais belo milagre do Senhor: “Ele transforma em estrelas os seus pontos negros... se você lhe dá um pouco do seu coração!”.



Transcrito de: Ange, Daniel. Teu corpo feito para o amor. São Paulo: Loyola, 1995, pp. 184-189.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

MUSICALIDADE - ADRIELLE

Um maravilhoso video, onde a Cantora católica ADRIELLE LOPES canta a música PORTA DO CÉU, uma música de composição do Padre Fábio de Mello...vamos todos ao som dessa música nos lançar nos braços de Maria e nos deixar contagiar com sua santidade e fidelidade!!!

Mais sobre ADRIELLE




Nascida na cidade de Caratinga-Mg à cantora, compositora e estudante de jornalismo Adrielle Lopes, desde muito pequena participava de trabalhos de evangelização relacionados à música. Comunicativa por natureza Adrielle Lopes se destacou no meio por ter uma grande presença de palco, pois aos três anos de idade começou a tocar piano e teclado, mas depois de algum tempo descobriu que seu dom era mesmo o de cantar.
Com apenas 15 anos de idade, Adrielle Lopes lança seu 1ºCd intitulado “FAÇA-SE” no ano de 2004, com participações especiais de Duany Lopes (irmão da cantora) e Dalvimar Gallo. Uma produção independente com a mistura pop, louvor e adoração sendo todas as canções de sua autoria. No ano seguinte Adrielle Lopes teve a oportunidade e a graça de se descobrir nos meios de comunicação, se tornando a apresentadora oficial do programa Fala Prefeito transmitido pela TV Canção Nova.
Em 2006 Adrielle Lopes se vê frente a um novo desafio, morar na cidade de São José dos Campos – SP onde deu inicio a faculdade de jornalismo (UNIVAP) e concretizou o sonho de obter a sua própria produtora, hoje conhecida como ALP (Adrielle Lopes Produções). Ao sentir cada vez mais a essência de Deus em seu ministério, no final de 2007 sai às lojas o Cd “PERSEVERAR”, contando com as participações de grandes amigos como a de seu irmão: Duany Lopes, Marcelo Duarte (Anjos de Resgate), Tchelão (The Flander’s), Padre Fábio de Melo e Kiko (Roupa Nova), pessoas que apóiam Adrielle Lopes desde o inicio, acreditando em seu potencial, na sua espiritualidade e na graça de Deus em seu chamado a evangelizar. Assim como estes, Deus colocou em teu caminho a TV Século 21 por intermédio do diretor Sílvio Luiz Brito, que deu a Adrielle Lopes a imensa alegria de ser uma das apresentadoras do programa MADRUGADA DE BENÇÃOS, oferecendo a mesma a oportunidade de se aperfeiçoar como profissional da comunicação.
No ano de 2008 juntamente com a sua produção e o seu diretor espiritual, Adrielle Lopes dá inicio ao “Projeto Salmos Cantados”, que se consiste em produzir e gravar todos os salmos dominicais dos anos litúrgicos A, B e C. Uma coleção de 12cd’s que serão concluídos no ano de 2010.
Adrielle Lopes não para! Cada dia num lugar diferente em diversas formas a evangelizar! “Ninguém te despreze por seres jovem. Ao contrário, torna-te modelo para os fiéis, no modo de falar e de viver, na caridade, na fé, na castidade.”(I Tim 4,12).
E é com esta proposta que no ano de 2009 partilhando a graça do projeto Point 21e lançando uma coletânea denominada Perfil de músicas autorais que marcam sua história, que Adrielle Lopes pretende seguir reafirmando sempre: “Eis aqui a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra”.
Que assim seja! Por meio dos show’s, cd’s, pregações, composições, artigos e meios de comunicação (jornais, revistas, rádios e TVs)
Amém!

FONTE: SITE OFICIAL DA ADRIELLE

Assim como no texto assim traz por escrito, podemos acompanhar Adrielle todas as terças feiras apartir das 20hrs30min no programa POINT 21 com reapresentação no Domingo no mesmo horário!!!

É isso aí galera, em breve mais videos e mais cantores católicos para conhecermos e adorarmos a Jesus!!!!

ESPIRITUALIDADE

São José,
esposo de Maria


A Tradição Católica, desde a antiguidade cristã, sempre prestou um culto reverencial à São José, esposo de Maria e patrono universal da Igreja.
Por vontade divina a figura de José sempre esteve associada à de Maria e de Jesus. Por ser da ‘casa de Davi’, deu a Jesus a descendência e a continuidade da realeza e a realização das promessas feitas outrora por Deus. Sendo assim vemos José como o homem da história, o homem escolhido pelo Pai, o homem que permitiu que a vontade de Deus realizasse não somente em sua vida, mas no mundo. A fiel colaboração e participação de José contribuíram para a salvação e o resgate do mundo. Por isso São José é o padroeiro do resgate e por ser esposo de Maria tornou-se o pai do Resgatador. São José é o padroeiro de toda ação resgatadora dos Filhos do Céu.
Servo fiel e prudente a quem Deus confiou sua família e as primícias da Igreja, São José colaborou diretamente para o resgate do mundo ao aceitar Maria e o fruto do seu ventre, Jesus, o Salvador.
São José é o exemplo do homem que cresceu na fé ao permitir que a vontade de Deus, já em andamento na vida de sua amada Maria, fosse definitivamente a sua vontade pessoal pela qual zelou e destacou. São José foi o homem que fez a passagem, a travessia do receio à confiança e à superação do medo: “Enquanto assim pensava, eis que um anjo do Senhor lhe apareceu em sonhos e lhe disse: José, filho de Davi, não temas receber Maria por esposa, pois o que nela foi concebido vem do Espírito Santo" (Mt 1,20), da insegurança à esperança de ver e contemplar a realização das promessas de Deus. Junto a Maria participou das dores e alegrias de Jesus.
Jesus, o esperado pelo povo e o prometido pelos profetas, foi o grande prêmio de São José. Ele teve a graça de ter Jesus entre seus braços e a graça de abraçá-Lo definitivamente e por toda a eternidade. Juntamente com Maria, teve a graça de contemplar por primeiro o Resgatador do mundo nascido em Belém, a realização das promessas de Deus. São Bernardino de Sena dizia sobre São José: “Ele foi escolhido pelo Pai eterno para ser o guarda fiel e providente dos seus maiores tesouros: o Filho de Deus e a Virgem Maria”. Como foi zeloso guardador dos tesouros dos céus, são José é hoje o zeloso guardador dos Filhos do Céu.
Soa José é um homem do silêncio e muito pouco aparece na Bíblia; as citações que dizem de São José estão totalmente em função de Jesus. A figura de São José está intimamente ligada à de Jesus, como deve ser o consagrado Filho do Céu. Em silêncio São José sempre respeitou o mistério, e por esta sua virtude, foi associado ao mistério do resgate do mundo.
São José está intimamente ligado à Igreja que nasceu com Jesus e por esta associação ele é o protetor e padroeiro de nossa Igreja Católica, por seu trabalho, o padroeiro dos trabalhadores, por sua esposa e fidelidade, o protetor das famílias, por sua obediência a Deus e docilidade ao Espírito Santo, o padroeiro dos Filhos do Céu.
Ao contemplarmos a figura de São José constatamos que hoje Deus precisa de Filhos do Céu como São José: consagrados que vivam a fé, a santidade, a abertura ao plano de Deus, a obediência, a pureza, a justiça, a missão para tornar Jesus mais conhecido, amado e adorado. Na vida e de São José realizou-se o que o apóstolo Paulo proclamou: “Tudo o que fizerdes, fazei-o de coração, como para o Senhor e não para os homens” (Cl 3,23), por isso no final de sua vida ouviu do próprio Criador: “Servo bom e fiel! Vem participar da alegria do teu Senhor” (Mt 25,21).
O homem do trabalho, do silêncio, da fidelidade e da família intercede, juntamente com Maria, por todos os Filhos do Céu e por todos os pobres e sofredores, de modo particular pela Igreja e pelas famílias, pela nossa missão de resgatar a dignidade dos filhos de Deus. Para nós a sua vida virtuosa é uma escola de santidade para os Filhos do Céu.
São José é o modelo de serviço, de dedicação e colaboração preciosa para a implantação do reino. Sempre em silêncio, não poupou esforços em fazer a vontade de Deus por um espírito e prática de obediência. Nisto consiste a beleza de São José, uma beleza virtuosa e exemplar para os Filhos do Céu.
Por fim, em São José constatamos um ‘sim’ que resgata, um silêncio que resgata, um trabalho que resgata, uma obediência que resgata, um espírito de oração que resgata, uma simplicidade e discrição que resgatam.
Sob a proteção de São José confiemos nossa comunidade de aliança, nossas famílias, nossas vocações e nossa grande missão de Filhos do Céu.


fonte: Ricardo Padella fdc, fundador da comunidade Filhos do Céu.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Esta tal Liberdade sexual...
...Liberta do que?



Nossos adolescentes, muito mais que em qualquer época, estão pressionados a entrar na vida sexual mais cedo pelo grupo de iguais, pela escola “avançada”, por “adultos irresponsáveis”, pelas propagandas, etc.

Nessa perspectiva, o presente artigo é dedicado não somente aos adolescentes, mas aos pais, professores, catequistas, produtores de propagandas, enfim, a todos que, direta ou indiretamente, estarão influenciando na formação desta galera cheia de virtudes e de problemas.

O QUE É LIBERDADE SEXUAL?


Quem já não ouviu dos pais ou dos avós a frase: “Ah, no meu tempo não era assim. Naquele tempo a gente se dava as mãos só depois de muito tempo”. Mas a galera jovem não dá mais muita atenção e valor a essas exigências de outros tempos. A revolução sexual, dos últimos 30 anos é, para os mais conservadores, um desconforto sem medida.


Dificilmente chegam a entender e, muito menos, a aprovar a igualdade das mulheres no campo sexual, a homossexualidade que se tornou pública, inclusive com a possibilidade de se casarem, a nudez, a pornografia cinematográfica e tantas outras mudanças. Estas mudanças, no entanto, do ponto de vista da sociedade, seriam sinal de uma geração mais esclarecida, sem preconceitos e livre da “moral opressora”. Será verdade?



Para se entender bem o termo “Liberdade Sexual”, é necessário compreender a necessidade que as pessoas sentiram em soltar as rédeas da moral e da tradição, consideradas injustas e repressoras. A partir deste pensamento, o grande show de rock de 1969, o Woodstock, foi o marco inicial para se afirmar: “Queremos paz e amor”. Acreditavam, e a sociedade moderna quase que consagrou, que qualquer norma, regra ou comportamento que coíbe deve ser banido.



ESTAMOS MAIS MADUROS?


Com tantas mudanças que ocorreram no campo da sexualidade, é de se perguntar: Estamos mais maduros sexualmente? A resposta pode ser sim e não.

? Sim: pelo espaço que a mulher moderna conquistou, pela facilidade em que se tratam de assuntos ligados ao sexo, pelos estudos e compreensão dos desvios de comportamento sexual, etc.

? Não: porque crianças de 12 anos já estão iniciando sua vida sexual, relações que não passam de meras aventuras. A liberdade está passando à libertinagem.

Nossa sociedade parece um “adolescente” impulsionado pelas paixões que não respeita nem mais as próprias leis da natureza. O resultado está visível nos 12 milhões de casos de DST (Doença Sexualmente Transmissível) ao ano.


Outro dado não menos preocupante é a crescente incidência da AIDS na faixa etária de 13 a 19 anos do sexo feminino. Isso é devido também ao início precoce da atividade sexual com homens com maior experiência sexual e mais expostos aos riscos de contaminação por DST e pela AIDS.


APRENDENDO A FAZER SEXO NA ESCOLA

A mãe pergunta: “Oi filha, o que você aprendeu hoje na escola?” Responde a filha: “Aprendi a fazer sexo, mãe!”. Parece brincadeira, mas não é. Há um raciocínio hoje de que devemos falar a língua do adolescente e parece interessante desde que não se diga coisas que moralmente são erradas. Falar a língua do adolescente não significa aprovar tudo o que ele reivindica. A experiência neste caso conta, e muito.



É preciso alertar os adolescentes e jovens sobre os perigos de uma gravidez precoce, do contágio de doenças sexualmente transmissíveis, do perigo da AIDS, da frustração amorosa e suas conseqüências. É preciso ter claro que sexo não é somente uma questão de informação, mas muito mais de maturidade.


Muitas escolas já compreenderam esta realidade e apresentam uma “Educação Sexual” mais equilibrada, levando em conta a liberdade sexual, mas também a imaturidade em que se encontram estes nossos amigos em formação.

DIÁLOGO EM FAMÍLIA

Numa época em que pais deixaram de ser apenas genitores, ainda encontramos filhos que são educados somente pelas mãos do Estado. A família, e não só os pais, devem ser os primeiros responsáveis pelo amadurecimento sexual de seus adolescentes. Sem forçar, o diálogo apresenta aquilo que é bom sem medo de ser retrógrado. Este é o melhor caminho.

Um exemplo: se estiverem assistindo a um programa de televisão e aparecer uma cena de sexo, coloquem para o adolescente o que a sua fé lhe propõe, em que vocês acreditam e dêem pistas de como ele pode encarar essa realidade diante dos amigos e da sociedade. Uma recente pesquisa revela que muitas mães e muitos pais ainda encontram dificuldade para falar sobre sexo com os filhos.

Os jovens e adolescentes também sentem-se constrangidos na hora da conversa. Há exceções: Há lugares como Rio de Janeiro e Porto Alegre que já avançaram muito. Lá, pais e professores conseguiram aproximar-se bastante dos jovens e adolescentes. Sabemos que você pode achar todo este papo chato e dizer que o assunto é muito mais simples do que parece. Mas sabe por que você pensa assim?

Não é porque você não é inteligente, muito pelo contrário, você é esperto até demais para sua idade. O problema é que você não está preparado para as responsabilidades de uma vida adulta: filhos, compromissos matrimoniais e situações de uma relação amorosa complicada. Nós, os adultos, que iniciamos todo este movimento de revolução sexual, começamos a notar, não muito tempo depois, as conseqüências disso tudo.

O sexo casual era legal na teoria, mas para a maioria de nós não parecia funcionar. Abortos de fundo de quintal, corações partidos, drogas para impedir a dor e um implacável sentimento de desilusão costumavam ser os terríveis resultados. Comida de lanchonete é rápida, está à mão e tem aparência melhor do que o sabor.

Da mesma maneira que uma comida de qualidade demanda tempo e cuidado, o amor de qualidade exige bom conhecimento de seu parceiro como pessoa. Pode parecer retrógrado, mas a mensagem cristã-católica, de propor o sexo somente após o casamento, é a opção mais responsável para uma adolescência e juventude saudável e madura. Pensem nisso!

Missão Jovem

04/01/2010
Fonte: www.portalcatolico.org.br

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Feliz Páscoa!!!


Que a Ressureição de nosso Senhor Jesus, seja sinal de nossa verdadeira e sincera conversão!!!

Desejo que nesta páscoa, a vida de Deus, seja atuante em nós e de nós nos outros!!!!



Feliz Páscoa são os votos da comunidade filhos do céu a todos os que nos leem, oram por nós, e que são parte desta familia!!!

MENSAGEM URBI ET ORBI
DO SANTO PADRE BENTO XVI


PÁSCOA 2010


«Cantemus Domino: gloriose enim magnificatus est».
«Cantemos ao Senhor: é verdadeiramente glorioso!» (Liturgia das Horas: Páscoa, Ofício de Leituras, Ant. 1).



Queridos irmãos e irmãs!

Transmito-vos o anúncio da Páscoa com estas palavras da Liturgia, que repercutem o antiquíssimo hino de louvor dos hebreus depois da travessia do Mar Vermelho. Conta o Livro do Éxodo (cf. 15, 19-21) que, depois de atravessarem o mar enxuto e terem visto os egípcios submersos pelas águas, Miriam – a irmã de Moisés e Aarão – e as outras mulheres entoaram, dançando, este cântico de exultação: «Cantai ao Senhor que Se revestiu de glória. Precipitou no mar o cavalo e o cavaleiro!» Por todo o mundo, os cristãos repetem este cântico na Vigília Pascal, cujo significado é depois explicado na respectiva oração; uma oração que agora, na plena luz da Ressurreição, jubilosamente fazemos nossa: «Também em nossos dias, Senhor, vemos brilhar as vossas antigas maravilhas: se outrora manifestastes o vosso poder libertando um só povo da perseguição do Faraó, hoje assegurais a salvação de todas as nações fazendo-as renascer pela água do Baptismo: fazei que todos os povos da terra se tornem filhos de Abraão e membros do vosso povo eleito».

O Evangelho revelou-nos o cumprimento das figuras antigas: com a sua morte e ressurreição, Jesus Cristo libertou o homem da escravidão radical, a do pecado, e abriu-lhe a estrada para a verdadeira Terra Prometida, o Reino de Deus, Reino universal de justiça, de amor e de paz. Este «êxodo» verifica-se, antes de mais nada, no íntimo do próprio homem e consiste num novo nascimento no Espírito Santo, efeito do Baptismo que Cristo nos deu precisamente no mistério pascal. O homem velho cede o lugar ao homem novo; a vida anterior é deixada para trás, pode-se caminhar numa vida nova (cf. Rm 6, 4). Mas o «êxodo» espiritual é princípio duma libertação integral, capaz de renovar toda a dimensão humana, pessoal e social.

Sim, irmãos, a Páscoa é a verdadeira salvação da humanidade! Se Cristo – o Cordeiro de Deus – não tivesse derramado o seu Sangue por nós, não teríamos qualquer esperança, o destino nosso e do mundo inteiro seria inevitavelmente a morte. Mas a Páscoa inverteu a tendência: a Ressurreição de Cristo é uma nova criação, como um enxerto que pode regenerar toda a planta. É um acontecimento que modificou a orientação profunda da história, fazendo-a pender de uma vez por todas para o lado do bem, da vida, do perdão. Somos livres, estamos salvos! Eis o motivo por que exultamos do íntimo do coração: «Cantemos ao Senhor: é verdadeiramente glorioso!»

O povo cristão, saído das águas do Baptismo, é enviado por todo o mundo a testemunhar esta salvação, a levar a todos o fruto da Páscoa, que consiste numa vida nova, liberta do pecado e restituída à sua beleza original, à sua bondade e verdade. Continuamente, ao longo de dois mil anos, os cristãos – especialmente os santos – fecundaram a história com a experiência viva da Páscoa. A Igreja é o povo do êxodo, porque vive constantemente o mistério pascal e espalha a sua força renovadora em todo o tempo e lugar. Também em nossos dias a humanidade tem necessidade de um «êxodo», não de ajustamentos superficiais, mas de uma conversão espiritual e moral. Necessita da salvação do Evangelho, para sair de uma crise que é profunda e, como tal, requer mudanças profundas, a partir das consciências.

Peço ao Senhor Jesus que, no Médio Oriente e de modo particular na Terra santificada pela sua morte e ressurreição, os Povos realizem um verdadeiro e definitivo «êxodo» da guerra e da violência para a paz e a concórdia. Às comunidades cristãs que conhecem provações e sofrimentos, especialmente no Iraque, repita o Ressuscitado a frase cheia de consolação e encorajamento que dirigiu aos Apóstolos no Cenáculo: «A paz esteja convosco!» (Jo 20,21).

Para os países da América Latina e do Caribe que experimentam uma perigosa recrudescência de crimes ligados ao narcotráfico, a Páscoa de Cristo conceda a vitória da convivência pacífica e do respeito pelo bem comum. A dilecta população do Haiti, devastado pela enorme tragédia do terremoto, realize o seu «êxodo» do luto e do desânimo para uma nova esperança, com o apoio da solidariedade internacional. Os amados cidadãos chilenos, prostrados por outra grave catástrofe mas sustentados pela fé, enfrentem com tenacidade a obra de reconstrução.

Na força de Jesus ressuscitado, ponha-se fim em África aos conflitos que continuam a provocar destruição e sofrimentos e chegue-se àquela paz e reconciliação que são garantias de desenvolvimento. De modo particular confio ao Senhor o futuro da República Democrática do Congo, da Guiné e da Nigéria.

O Ressuscitado ampare os cristãos que, pela sua fé, sofrem a perseguição e até a morte, como no Paquistão. Aos países assolados pelo terrorismo e pelas discriminações sociais ou religiosas, conceda Ele a força de começar percursos de diálogo e serena convivência. Aos responsáveis de todas as Nações, a Páscoa de Cristo traga luz e força para que a actividade económica e financeira seja finalmente orientada segundo critérios de verdade, justiça e ajuda fraterna. A força salvífica da ressurreição de Cristo invada a humanidade inteira, para que esta supere as múltiplas e trágicas expressões de uma «cultura de morte» que tende a difundir-se, para edificar um futuro de amor e verdade no qual toda a vida humana seja respeitada e acolhida.

Queridos irmãos e irmãs! A Páscoa não efectua qualquer magia. Assim como, para além do Mar Vermelho, os hebreus encontraram o deserto, assim também a Igreja, depois da Ressurreição, encontra sempre a história com as suas alegrias e as suas esperanças, os seus sofrimentos e as suas angústias. E todavia esta história mudou, está marcada por uma aliança nova e eterna, está realmente aberta ao futuro. Por isso, salvos na esperança, prosseguimos a nossa peregrinação, levando no coração o cântico antigo e sempre novo: «Cantemos ao Senhor: é verdadeiramente glorioso!»



© Copyright 2010 - Libreria Editrice Vaticana

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